A luz do ecrã ilumina as filas de faces observantes, que demonstram uma semelhança de expressões. O que me fascina no cinema é poder entrar noutro mundo. Se bem que o estômago do senhor à minha direita ronca reclamando preenchimento.
O filme Azul Oscuro Casi Negro (de Daniel Sánchez Arévalo, 2006)- Jorge, um rapaz com um espaço entre os dentes, porteiro de um prédio em Madrid, toma conta do pai que sofre de demência vascular há sete anos. Enquanto isso acabou um curso superior à distância na área financeira, tenta inúmeras entrevistas de emprego, visita o irmão que está preso e recebe postais do seu amor platónico que se encontra na Alemanha. Até que o seu irmão se apaixona na prisão e descobre que é infértil, Jorge desapaixona-se do seu amor platónico, o seu melhor amigo Israel descobre que é homossexual e apaixona-se por um algo-mais-que-massagista, e Jorge tem de engravidar a namorada do irmão para que esta seja transferida para a ala da maternidade, para que termine a sua pena sem mais confusões.
Nota máxima.
Alguns dos antagonismos a sublinhar: Jorge quer ter uma vida melhor mas nas entrevistas de emprego tudo lhe corre mal, apaixona-se pela namorada do irmão; O irmão tem medo de agulhas e injecta-se com um anabolizante pois ouviu que ajuda homens com problemas de fertildade; Israel descobre indignado que o pai é homessexual e descobre que também ele é, apaixonando-se pelo massagista que o pai frequenta...
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