Topakpi


Azulejo Topakpi Palace.

Smarties

Contavam-me hoje os meus pais como correu este fim-de-semana o almoço da tropa. Que foram num passat de um colega do meu pai. Que havia outro que tinha tido vinte e seis filhos e que quando a minha mãe perguntou 'e quantos netos?', ele respondeu 'oh minha senhora, isso já não sei'. Que havia um deles que recebia da namorada lascas de bolo e outros produtos alimentares junto às cartas de amor. Só que um dia a namorada enviou um smartie, que por azar se esborrachou com o carimbo do correio. E quem é que se lembra de enviar smarties por correio para Angola?
(podia antes ser pintarolas)

Snif

Regresso ao trabalho, buahhh!

Istambul


Esta é a ponte que separa a zona de Sultanhamet, na parte asiática de Istambul, de Beyoglu, na parte ocidental da cidade.
Beyoglu é o Bairro Alto de Istambul. Melhor, é melhor que o Bairro Alto. Dominado por cafés, restaurantes e esplanadas, tem uma vida nocturna agitada. O nosso primeiro hotel ficava situado num das ruas mais animadas de Beyoglu, dando apenas para adormecer quando os bares fechavam e limpavam a rua com água. Isto porque dormir de janela fechada seria impossível. Primeiro pensei que fosse só assim porque era fim de semana, mas depois percebi que era assim todos os dias. Ui.

Na ponte a pesca é hobby líder, a qualquer hora do dia. Alguns comerciantes aproveitam os pescadores para fazerem negócio, vendem isco em copos de plástico, garrafas de água em baldes, roscas de pão, bananas.

Magoito

Quando estou de olhos fechados contra o sol vejo pequenas linhas que serpenteiam as pálpebras. Nadam no escuro. Oiço uma ou outra onda, o sol aquece a pele, quando alguém se aproxima da toalha sinto o ruído do calcar a areia com os pés a chegar perto do meu ouvido (e este ruído arrepia, como trincar uma maçã ou partir esferovite).
E o mundo podia ser só isto.

São Pedro

Noite de São Pedro e ainda não comi nenhuma sardinha este ano. Mas comprei uma rifa, dentei numa fartura, bebi sangria e ouvi música pimba.

Star Wars

Capadoccia, Turquia:
O mosteiro escavado na rocha onde foi filmado o Star Wars.
Era também uma escola religiosa, usavam os pombos correios como meio de comunicação.
Vida sossegada.

Portakal Suyu


Bebida oficial das ruas de Istambul (1 Lira).
E o mais interesssante: laranja em turco lê-se Portakal!
Suyu é sumo.
Su é água.

Vale das Borboletas, Turquia



O vale das borboletas. Situado na costa sudoeste da turquia, tem o seu nome devido ao grande número de borboletas que aqui habitam. As mais comuns são as borboletas trige e também vimos um gafanhoto gigante. A praia só é alcançável de barco, nela está assente uma espécie de comunidade new age, um bar, algum comércio (artesanato, sobretudo).
Cada pessoa paga 5 liras para aceder às quedas de água. A maior tem 60 metros. A água doce e fria traduz o alívio merecido depois de caminhar (leia-se quase escalar) pelo vale.

Ver a vida com novos olhos

Neste caso com novas lentes.

Comecei a usar óculos com seis anos. Andava na primeira classe, a escolha da cor foi obviamente o cor de rosa. Exibo-os orgulhosamente nas primeiras fotografias da escola. Eu a colorir um livro de colorir, em cenário de fundo um póster do bambi. Desta época sobrevivem histórias engraçadas, como quando perdi uma lente e só reparei passado várias horas. Ou quando os óculos voaram na feira, quando eu andava naquelas coisas giratórias do carrossel, e o senhor do microfone anunciou: atenção, perderam-se óculos de criança.
Chegando à adolescência entrei na fase dos óculos de massa, redondos, quanto maiores melhor (o cúmulo do ridículo, quem inventou estas modas?). Comecei a não gostar de usar óculos, no décimo ano só os usava quando estava em casa, o que me obrigava a ficar na fila da frente e copiar algumas matérias do caderno da colega do lado.
E depois de tantos anos a usar óculos resolvi experimentar lentes. Agora já posso ir à praia e regressar à toalha sem me perder. Já posso estar em sítios quentes sem que os óculos embaciem. Vou deixar de olhar por baixo dos óculos. Vou deixar de ter o tique de retocar os óculos no nariz. Não os vou limpar, não os vou colocar de manhã. Não os vou acomodar na caixa.
Secalhar até vou ter saudades.

O homem senta-se com um ângulo de 45 graus entre as pernas, segura um saco de papel com ambas as mãos, olha fixamente a porta que une as duas carruagens. Usa um fato sem gravata, os sapatos têm uma camada de pó sobre o preto. Parece abstracto, de natureza estranha, poderá uma pessoa ser um conjunto de geometrias?
Saio no Campo Grande. Páro num quiosque para beber um café, desde que cheguei a Lisboa ainda não tinha bebido um café. E bebo o café ao balcão, tiro o phone do leitor de mp3 de um dos ouvidos, sendo que cá fora se continua a ouvir [I could wrap you up in cotton wool], a senhora dá-me o troco em moedas pequenas, pede desculpa.
Será que o homem ficou sentado no mesmo banco? Será que ele alguma vez vai sair da carruagem?

Turquia


Na Capadoccia. Senhoras locais a fazerem uma espécie de pão com recheio de queijo ou ovo.




Vista para Goreme, Capadoccia.


Praia de Olympus, costa mediterrânea da Turquia.



Final de tarde



Vendedor de gelados.

Para aguçar a curiosidade...

(também no flickr)

Na Capadoccıa.

Depoıs de doze horas num autocarro, parando a cada duas horas para recolher maıs passageıros e corrıdas 'as tovlet. O hospedeıro do autocarro servıu capuccıno, cha, bolo marmore, desınfectante para as maos, agua e passou um fılme vıolento para quem estava com problemas em adormecer.

Rumö a Capadoccia

Depois de uma visita de 3 horas ao palacio do sultao, encontramos conterraneos no pub ingles onde assistimös ao portugal-suiça, sendo que acab'amos a comemorar com os turcos. Esta noite apanhamos o autocarro para a Capadoccia e aguardanos um passeıo de barco pela costa mediterranica. Mas nao antes sem um banho turco :)

Laranjas em em Istambul

Chegando a Istambul e depois de mudarmos de hotel porque o que tinhamos reservado parecia um local de chuto, adormeci ao som do ruido das imensas pessoas nas esplanadas. O raki e' intragavel. Mas conseguimos quartos com WC :)
Nota: Em turco Portugal quer dizer laranja!

Ovo_Zero de viagem

O Ovo_Zero vai de viagem [faz lembrar os livros da Anita: Anita vai à praia, Anita vai ao circo, Anita vai à escola].
Aguardem novidades de Istambul.
Bem, vou acabar de fazer a mala. Enfiar para lá umas bolachinhas para a viagem.

42 litros de leite

Esta coisa da falta de combustível faz-me um certa comichão encefálica. O que me fez já comprar enlatados, cereais e leite quase para um mês. Aproveitei a hora do jogo para ir ao supermercado. Hora santa, sem filas nas caixas registadoras, podia-se andar à vontade nos corredores. Olhava atentamente os carrinhos dos outros consumidores e eles levavam compras habituais, iogurtes, chocolates, material perecícel, e eu com bolacha maria, milho, ervilhas, feijão, massa, atum. Mas acho que nisto dos alarmismos saio à minha mãe- ela comprou 42 litros de leite e encheu a arca congeladora (e isto é mesmo verdade). Pronto, herdei os alarmismos e conseguir dar 10 espirros consecutivos.

albúm da semana

the arcade fire: funeral.

a maneira como as pestanas se colam quando as pessoas choram, os olhos parecem ficar mais transparentes, havendo uma lágrima que se deixa cair lentamente, forma-se uma ruga entre as sobrancelhas.

Expressão da semana

Isso é que era de valor

Po-Ex

Site de poesia experimental portuguesa

Voar

Um pai agarra o filho pelos pulsos e rodopia com ele no ar. O miúdo solta gargalhadas directamente proporcionais à velocidade dos seus rodopios. A copa das árvores, por cima dos dois, deixa trespassar alguns raios de luz e num dos ramos um pássaro pequeno acaba de abrir as asas e voa para longe.

Hoje é o dia

Peço um café, cheio, rasgo o pacote de açúcar, verto os grãos na chávena, mexo em câmara lenta e bebo em pequenos goles. Pouso a chávena, olho o pacote de açúcar onde se lê: Um dia nunca mais digo "Um dia". Hoje é o dia.

Sentei-me numa das mesas junto aos cinemas. Na mesa do lado uma família jantava. A mãe com o garfo na mão esquerda, colocava a chucha no bebé que ao seu lado acabava de acordar.
Fiquei fascinada com o El Corte Inglés. As áreas reluzem. Existem bares nas zonas de compras. Os funcionários com boa apresentação, limpinhos, simpáticos, disponíveis (vou-lhe buscar o número acima), se fosse noutro centro comercial teria de ser eu a vestir-me e despir-me 500 vezes até encontrar o tamanho certo, porque não iria andar de vestido às bolas, descalça, pelo meio da loja.

Ideias para Junho

Cursos de escrita de viagens, documetários, cinema, contos e muito mais na Escrever Escrever, no Chiado.

Curso de Escrita Criativa em Oeiras.

O El Corte Inglés também tem inscrições abertas para um curso de escrita que começa em Setembro. É gratuito. O resto não sei.

Tirem o caderno da gaveta

Flutuar

O público apesar de escasso fazia passar o seu interesse através do oscilar do pé ou da cabeça. Não percebendo eu muito de crítica músical, percebo de ouvir. E gostei muito de ouvir os Esteban Device. É daqueles sons que nos faz flutuar, razão para tocar em repeat no mp3.

Uma Espécie de Cadáver Esquisito- o exercício continua a rolar. Já há mais uma colaboração (Obrigado! Obrigado!), para se juntar à anterior. Agora que o gelo está a derreter (devagarinho), inspirem-se no que resta do fim-de-semana e enviem a vossa contribuição para ovo_zero@yahoo.co.uk
Relembrando que a ideia é enviar um texto ou qualquer coisa com o tema CHEIRA A ALIBI.

Bom domingo.