Há peças de vestuário que deixaram de ser usadas. É o caso das ceroulas, do saiote e da combinação. O lenço na cabeça das senhoras também era moda no tempo da mocidade dos meus pais. A boina dos homens também cai em desuso. E quem não se lembra das termoterm (eu não tenho frio, eu uso uma termotem), se é assim que se escreve termotem?!
Também existiram várias modas de óculos. Os meus primeiros óculos, aos seis anos, foram cor de rosa. Passando a fase do metálico, no princípio dos anos 90 chegou a fase das armações de massa. Quanto maiores e mais redondos fossem os óculos, melhores. Mesmo que desproporcionais à cara da pessoa que os usava. Aliás, histórias engraçadas de óculos tenho muitas, quase tantas como histórias de vómitos (ui, mas isso dava para um blog temático). Uma vez, estava a andar de carrossel, naqueles que têm umas cadeiras giratórias, girei girei girei, até que os meus óculos giraram também. O senhor do microfone, que anuncia as delícias daquela atracção infantil, divulgou o desaparecimento na feira (perderam-se óculos de menina) e alguém os encontrou algures no chão.
Também houve o dia em que perdi uma lente a caminho de casa, e só dei por isso ao final de várias horas. Bom, e a mais recente foi no outro dia, em que tomei banho de óculos e só notei quando senti a visão embaciar.